Provavelmente você já ouviu alguma notícia relacionada aos transtornos dos cibercrimes, vazamentos de informações e alguma falha na segurança dos dados de alguma empresa, certo?

Contudo, sabemos que as empresas precisam coletar dados pessoais de clientes, colaboradores e usuários por vários motivos. No entanto, para evitar problemas durante o tratamento dessas informações — que inclui coleta, armazenamento e processamento — é crucial que compreendam o conceito de segurança de dados.

Após a coleta, os dados pessoais estão sujeitos a riscos como modificações ilegais durante o armazenamento, podendo ser apagados, corrompidos, vazados ou usados de maneira indevida.

Diante desses riscos, é fundamental que as organizações entendam sobre essa segurança, as leis que a regem e as medidas necessárias para garantir o tratamento seguro e confidencial das informações.

O que é segurança de dados?

A segurança de dados abrange todas as ações preventivas e reativas para proteger as informações compartilhadas pelos usuários na internet. Seu principal objetivo é prevenir roubos, alterações não autorizadas e acessos maliciosos a esses dados.

Entre as medidas de segurança, destacam-se a criptografia, que converte dados em códigos para aumentar a segurança, e o mascaramento de dados, que embaralha as informações para criar cópias não autênticas usadas em análises ou testes.

A crescente quantidade de informações pessoais disponíveis online tornou a segurança de dados indispensável, aumentando o risco de roubo e uso fraudulento dos dados. Por isso, muitas empresas adotam práticas como o uso de softwares em nuvem e a realização de backups periódicos para amenizar esses riscos.

Diversos países também instituíram leis específicas para a proteção de dados. No Brasil, a e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) foi criada para regulamentar o tratamento seguro dessas informações.

Quais são os pilares da segurança de dados?

Originalmente, a segurança de dados era baseada em três pilares fundamentais: confidencialidade, integridade e disponibilidade, conhecidos pela sigla CID. No entanto, para garantir uma proteção mais abrangente, foram adicionados outros pilares. A seguir, uma descrição de cada um:

  • Confidencialidade: Este pilar visa garantir que os dados estejam em sigilo. As empresas implementam medidas como criptografia e restrições de acesso para assegurar que apenas pessoas autorizadas possam acessar as informações.
  • Autenticidade: Assegura que os dados coletados são provenientes de fontes confiáveis. Para verificar a veracidade das informações, é importante manter registros do autor dos dados.
  • Integridade: Garante que os dados não sejam alterados durante o tráfego, armazenamento ou processamento, mantendo suas características originais.
  • Disponibilidade: Assegura que os dados estarão acessíveis aos usuários sempre que necessário. Empresas utilizam softwares, hardwares e conexões robustas para garantir esse acesso contínuo.
  • Irretratabilidade: Também conhecida como “não repúdio”, este pilar garante que a autoria das informações seja autenticada, impedindo que os usuários neguem a autoria dos dados fornecidos.
  • Conformidade: Este pilar garante que o tratamento dos dados esteja em conformidade com a legislação vigente, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo que todos os processos sigam as normas.

Por que investir na segurança de dados?

A segurança de dados é fundamental para proteger informações contra roubos e alterações não autorizadas. Se dados pessoais, como CPF ou endereço, forem vazados, o usuário pode enfrentar sérios problemas. Muitos criminosos aproveitam dessas informações para realizar empréstimos e compras fraudulentas, como se fossem a própria pessoa. Além disso, podem praticar extorsão, ameaçando usar ou divulgar os dados roubados caso não recebam um determinado valor em dinheiro.

Como a segurança de dados impacta o ambiente corporativo?

Os dados pessoais coletados por uma empresa podem ser espionados, roubados ou vazados, especialmente em casos de ciberataques, onde hackers acessam ilegalmente as informações armazenadas.

Portanto, no ambiente corporativo, a segurança de dados visa garantir a confidencialidade das informações coletadas, proporcionando tranquilidade aos usuários ao proteger suas informações pessoais contra criminosos.

Para atingir esse objetivo, é fundamental que as empresas não apenas coletem, armazenem e processem dados de maneira segura, mas também conheçam a fundo a LGPD e invistam em medidas de cibersegurança.

Sendo assim, a segurança de dados no ambiente corporativo é essencial para:

  • proteger a reputação da empresa;
  • prevenir perdas financeiras;
  • garantir conformidade legal;
  • manter a continuidade dos negócios;
  • conquistar a confiança dos clientes;
  • obter vantagem competitiva;
  • melhorar a eficiência operacional;
  • reduzir os riscos.

Em resumo, ela assegura a integridade, confidencialidade e disponibilidade das informações, promovendo confiança, conformidade e eficiência.

Como a LGPD contribui para a proteção de dados?

A LGPD, em vigor desde 2020, foi criada para regular o tratamento de dados pessoais, incluindo os digitais, por empresas e entidades públicas e privadas. Seu objetivo principal é proteger os direitos fundamentais de liberdade e privacidade dos indivíduos, garantindo-lhes o livre desenvolvimento da personalidade. Além disso, a lei visa conscientizar os cidadãos sobre seu direito de acesso e correção de seus próprios dados.

A LGPD estabelece diretrizes claras para a coleta, armazenamento e gerenciamento de dados. Por exemplo, o tratamento de dados só é permitido com o consentimento explícito do titular, conforme o Art. 7º. No caso de dados de crianças, o consentimento deve ser dado por pelo menos um dos pais ou responsável legal, conforme o Art. 14, § 1º.

A lei também exige que as empresas adotem medidas para proteger os dados contra acessos não autorizados e situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração ou comunicação inadequada, conforme o Art. 46.

Em suma, a LGPD protege a reputação e a imagem da marca; fortalece a confiança dos clientes, colaboradores e fornecedores; reduz riscos legais e financeiros; estimula a inovação responsável no tratamento de dados.

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Quais são os tipos de ameaças à segurança de dados?

Tanto em casa quanto nos ambientes profissionais, a internet oferece acesso a uma variedade de contas, métodos de comunicação e formas de compartilhar informações. No entanto, diversos tipos de ataques cibernéticos e riscos internos podem colocar essas informações em perigo.

  • Invasões, que envolvem tentativas de roubo de dados, corrupção de redes e arquivos, são comuns;
  • malware, que pode permitir acesso não autorizado à rede e dispositivos;
  • ransomware, um tipo de malware que impede o acesso aos arquivos até que se pague um resgate;
  • phishing visa enganar pessoas ou organizações para obter informações confidenciais;
  • vazamentos de dados, tanto intencionais quanto acidentais, podem ocorrer por meio de e-mails, internet ou dispositivos de armazenamento;
  • negligência também representa um risco, quando funcionários violam políticas de segurança sem a intenção de causar danos;
  • fraude, realizada por usuários sofisticados, envolve a criação de transações fraudulentas;
  • roubo é uma ameaça interna que resulta no furto de dados, dinheiro ou propriedade intelectual;
  • desastres naturais podem impactar a segurança dos dados, destacando a importância de se preparar com antecedência e ter backups externos.

Quais são as consequências do vazamento de dados?

A falta de segurança de dados pode resultar em ataques cibernéticos e vazamento de informações, causando danos significativos à saúde financeira das empresas.

De acordo com um estudo publicado pela Abranet (Associação Brasileira de Internet), o custo médio de uma violação de dados no Brasil diminuiu, contudo continua com um valor significativo, cerca de R$6,20 milhões em 2023.

Além da perda financeira, a empresa pode sofrer com processos judiciais, advertências, suspensão do processamento de dados, interrupção das atividades e prejuízo à imagem e reputação.

Qual o papel do RH para a segurança de dados?

O setor de RH, detentor de informações pessoais, bancárias e financeiras dos colaboradores, enfrenta desafios crescentes para garantir a segurança desses dados em um cenário em que a tecnologia é amplamente explorada por cibercriminosos em busca de vulnerabilidades.

Com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, as empresas precisam adotar medidas de segurança para evitar exposição e penalidades. A LGPD aborda uma ampla gama de práticas e comportamentos, impactando áreas como recrutamento, seleção e gestão de informações pessoais.

No processo de recrutamento, é essencial que as empresas estejam em conformidade com a LGPD, informando aos candidatos a finalidade e o período de armazenamento dos dados coletados.

A legislação distingue entre dados pessoais e sensíveis, sendo os primeiros relacionados a informações como RG, CPF e dados bancários, enquanto os sensíveis incluem crenças religiosas, orientação sexual e filiações, entre outros.

Diferença entre dados pessoais e dados sensíveis

Dicas de ações para garantir a proteção de dados na sua empresa

Para garantir uma segurança eficaz dos dados em seu negócio, é fundamental adotar algumas medidas essenciais:

Mapeamento do negócio: Realize um diagnóstico da infraestrutura e sistemas que a sua empresa utiliza, assim você consegue identificar áreas que requerem mais atenção e determinar as medidas adequadas de segurança.

Faça a coleta apenas de informações necessárias: Limitar a coleta de dados dos usuários é essencial para segurança e conformidade regulatória. Antigamente, ter muitos dados era visto como vantagem, mas isso aumentava responsabilidades e riscos de corrupção e multas. Hoje, as empresas devem coletar apenas dados necessários.

Realização de backups frequentemente: Faça cópias dos dados da empresa regularmente para evitar perdas decorrentes de ataques cibernéticos, falhas de sistema ou erros humanos, garantindo o acesso contínuo às informações importantes.

Autenticação em dois fatores: Reforce a segurança dos dados com a autenticação em duas etapas, que adiciona uma camada adicional de verificação para garantir que apenas usuários autorizados tenham acesso às contas, reduzindo o risco de roubo de senhas.

Adesão à LGPD: Esteja sempre em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados, que concede aos titulares maior controle sobre suas informações pessoais. As empresas devem cumprir os requisitos da legislação para evitar penalidades, como multas e suspensão das atividades, garantindo maior segurança tanto para empresas quanto para clientes.

Utilização de sistemas em nuvem seguros: Armazenar dados na nuvem exige métodos de segurança robustos para garantir a proteção e recuperação eficiente em caso de perda, além de reduzir a dependência de servidores físicos.

E para que seu RH e DP se tornem mais seguros, utilizar um software para o controle de ponto é essencial. Por isso, te apresento o Fortime, sistema de ponto online da Ortep que funciona 100% em nuvem e traz toda a segurança que a sua empresa precisa.

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