Certamente, você já deve ter ouvido falar sobre absenteísmo, que representa um dos principais desafios que as empresas enfrentam ao gerenciar suas equipes. No entanto, existe um problema igualmente significativo, muitas vezes negligenciado e raramente discutido no ambiente corporativo: o presenteísmo.
Manter níveis elevados de produtividade é uma das principais preocupações dos líderes e também do RH e DP. Afinal, lidar com pessoas, identificar problemas e encontrar soluções nunca é uma tarefa simples.
As organizações perceberam que estar fisicamente no local de trabalho, mas sem envolvimento e dedicação, pode resultar em prejuízos tão substanciais quanto o absenteísmo, que ocorre, por exemplo, devido a motivos de saúde.
Por isso, o presenteísmo é uma questão que requer atenção, e é essencial para o departamento de RH compreender esse conceito. Diante disso, exploraremos as consequências do presenteísmo nas empresas e discutiremos estratégias para preveni-lo.
Veja os tópicos que serão abordados.
Sumário
O que é presenteísmo?
O presenteísmo acontece quando os colaboradores comparecem ao trabalho, mas não estão totalmente envolvidos ou produtivos.
Em outras palavras, ocorre quando um funcionário, em vez de se ausentar, está fisicamente presente no local de trabalho, mas sua capacidade de concentração, motivação e desempenho é comprometida.
Um exemplo ilustrativo de presenteísmo seria um colaborador no escritório, incapaz de desempenhar suas atividades devido a uma gripe, mas optando por não faltar ao trabalho por medo de possíveis penalidades.
Portanto, mesmo estando fisicamente presente, ele não se compromete plenamente com as responsabilidades do cargo. Além disso, o presenteísmo pode persistir por vários dias ou prolongar por um período mais extenso, como meses ou até anos.
Qual a diferença entre presenteísmo e absenteísmo?
O absenteísmo, termo usado para representar ausência no trabalho, pode ser confundido com o conceito de presenteísmo.
A principal diferença entre esses dois termos está no fato de que, no absenteísmo, as mudanças de comportamento são mais facilmente percebidas, ou seja, ele é percebido em um curto período, pois o funcionário está realmente ausente.
Nesse cenário, observamos uma perda semelhante de conexão entre o trabalhador e suas responsabilidades, porém, ela se manifesta pela constante ausência física no escritório.
Em contrapartida, o presenteísmo é uma situação mais sutil, frequentemente invisível. Por essa razão, pode ser ainda mais prejudicial a longo prazo.
No próximo tópico, exploraremos como o presenteísmo está frequentemente associado à falta de engajamento, desinteresse, distração, fadiga, negligência, razões físicas e emocionais, embora suas causas possam ser diversas.
Quais são os tipos de Presenteísmo?
O presenteísmo pode ser categorizado em dois tipos: involuntário e voluntário.
O presenteísmo involuntário, os colaboradores exibem sinais de doenças, estresse, desmotivação (geralmente acontece por causa de um clima organizacional negativo ou relações com colegas de trabalho ruins) e fatores psicossociais, como problemas familiares, financeiros e sociais.
Muitos profissionais, com receio de perderem seus empregos ao apresentar atestados médicos, evitam faltar ao trabalho mesmo quando estão doentes. Isso resulta em uma queda na produtividade e em entregas insatisfatórias, especialmente porque esses colaboradores não estão se sentindo bem, seja mental ou fisicamente.
Além disso, é comum que as pessoas associam o presenteísmo a uma má índole ou preguiça por parte do trabalhador. No entanto, na maioria das vezes em que esse fenômeno ocorre, o colaborador está enfrentando uma considerável carga de estresse no trabalho ou fora dele. E muitas vezes essa situação está relacionada à Síndrome de Burnout.
No que diz respeito ao presenteísmo voluntário, como o próprio nome sugere, ele ocorre intrinsecamente devido ao desinteresse do trabalhador, seja por distrações como redes sociais ou conversas com colegas de trabalho.
Quais são as consequências do Presenteísmo para a empresa?
O presenteísmo gera impactos negativos tanto nas empresas, influenciando vários aspectos no desempenho e na operação organizacional, quanto nos próprios trabalhadores.
Para as empresas, os efeitos do presenteísmo manifestam-se por meio da redução da produtividade e eficiência dos colaboradores, menor qualidade nas tarefas, metas e prazos.
Já para os colaboradores, essa prática pode acarretar diversos sintomas físicos e mentais, como estresse, ansiedade, sensação de angústia, além de dores físicas.
Além disso, profissionais distraídos, desmotivados ou com baixa energia têm mais propensão a cometer erros e entregar resultados insatisfatórios. Isso impacta diretamente a produtividade e o trabalho em equipe, prejudicando a reputação da empresa, a satisfação dos clientes e a competitividade no mercado.
O clima organizacional também pode ser prejudicado, pois cria um ambiente de trabalho menos saudável, com menor engajamento.
Por fim, o presenteísmo contribui para um aumento do absenteísmo a longo prazo. Para explorar mais sobre esse tema, veja o nosso vídeo abaixo:
Como identificar o presenteísmo?
Detectar o presenteísmo pode ser um desafio para os líderes e também para o RH, já que muitas vezes ele não se revela tão claramente quanto o absenteísmo. No entanto, é importante estar ciente de alguns indicadores que facilitam a identificação desse fenômeno dentro da sua empresa. Confira:
- Baixa produtividade: a queda brusca no rendimento, resultando na redução diária na entrega de trabalhos, é um indicativo para a presença de presenteísmo;
- Falta de motivação e envolvimento: funcionários que estão passando pelo presenteísmo tendem a demonstrar falta de motivação e envolvimento com suas tarefas;
- Distração constante: colaboradores que dedicam grande parte do tempo a atividades não relacionadas ao trabalho, como navegar em sites não pertinentes, utilizar redes sociais ou realizar outras tarefas durante o expediente;
- Falta de concentração: dificuldade em manter a concentração nas atividades e lapsos de atenção;
- Comportamento físico e emocional: o presenteísmo pode também se manifestar por meio de sinais físicos e emocionais, como demonstrações de exaustão, estresse, tristeza, irritabilidade ou descontentamento.
O clima organizacional desfavorável é mais um fator associado ao presenteísmo, podendo variar desde um elemento isolado até um desconforto geral. Isso leva o colaborador a se sentir isolado na empresa, seja devido à falta de adaptação cultural ou à percepção de falta de colaboração no setor, exigindo atenção especial.
Essa condição impacta significativamente o bem-estar do colaborador, o engajamento da equipe e a dinâmica da organização.
O acúmulo de função é mais uma manifestação do presenteísmo, ocorrendo quando o funcionário atrasa a entrega de tarefas, relatórios e documentações.
Dicas de como evitar o presenteísmo:
Muitas vezes, a redução do presenteísmo está relacionada à prevenção. É necessário criar um ambiente que incentive positivamente a equipe, demandando constante cuidado e atenção. Aqui estão algumas dicas!
Aprimorar a comunicação interna
Investir em uma interação saudável entre os funcionários é essencial para reter talentos e manter o engajamento na rotina da empresa. A comunicação torna-se uma poderosa ferramenta contra o presenteísmo.
Isso engloba não apenas um sistema estruturado de comunicação interna e endomarketing, mas também o uso de ferramentas de colaboração para o trabalho e a promoção de socializações entre os membros da equipe.
Essas práticas criam uma identidade, uma sensação de grupo que mantém os profissionais focados em suas tarefas e em colaborar com os colegas.
Estabelecer uma estrutura transparente de feedback
No contexto da comunicação, a maneira como os feedbacks são conduzidos pelos gestores pode significar a redução da incidência do presenteísmo.
Avaliações objetivas e construtivas, sem envolver questões pessoais, apontar desafios a serem superados, mas também destacar oportunidades e os pontos fortes.
Definir claramente cargos e responsabilidades
A falta de clareza nas funções pode contribuir para o presenteísmo. Responder de forma prática à pergunta “O que estou fazendo aqui? Qual é minha função neste projeto?” é fundamental para todos os profissionais.
Além disso, é importante que o RH e DP definam um plano de carreira, assim, os funcionários almejam o crescimento na empresa, pois sabem para onde podem ir.
Promover qualidade de vida
Geralmente, as pessoas passam mais tempo com as atividades do trabalho. Por isso, promover uma qualidade de vida no ambiente de trabalho é essencial para evitar o presenteísmo.
Horários flexíveis, espaços de lazer no escritório, investimentos na saúde física e emocional da equipe são exemplos de práticas que podem reduzir o estresse e a fadiga no trabalho, dois dos principais fatores que causam o presenteísmo.
Criar um ambiente inovador e estimulante
Incentivar a inovação, encorajar a criatividade, testar novas ideias e explorar novos caminhos são práticas que podem prevenir o presenteísmo. Ao aplicar essas abordagens na equipe, você conquista profissionais focados e preparados para enfrentar qualquer projeto futuro.
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