O número de mulheres em cargos de liderança tem aumentado no Brasil nos últimos anos, segundo a pesquisa “Women in Business”, realizada pela Grant Thornton.
Segundo eles, as mulheres alcançaram a marca de 25% dos cargos de liderança em nível mundial.
Mas, quando tratamos especificamente do mercado brasileiro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, mulheres ocupam 7,8% dos cargos de liderança. Porém, quando incluídos também os cargos gerenciais, esse número sobe para 14%.
Sumário
Mulheres no mercado de trabalho
Já há muito as mulheres buscam igualdade de gênero – desde o tratamento até no reconhecimento profissional. E, apesar dos números estarem melhores hoje do que já estiveram em outras épocas, ainda pode-se perceber uma disparidade quando comparadas a homens – mesmo que o cargo exercido seja o mesmo.
Atualmente, o mercado profissional conta com a participação de 43,8% de mulheres. Porém, quanto mais avançamos na hierarquia, menos mulheres estão presentes. E isso não reflete os números totais do país, como demonstra o infográfico abaixo.
Como pudemos ver, apesar de o número total de mulheres ser mais alto do que o de homens no país, elas estão em menor quantidade no mercado de trabalho. E, consequentemente, representam uma maior parcela quando se trata dos desempregados no Brasil.
Salários
Outra discrepância, quando tratamos da relação entre homens e mulheres no mercado de trabalho, é que o salário delas é menor.
Em se tratando da média nacional, a mulher ganha cerca de 76% do salário dos homens. E, se for considerar cargos gerenciais e de direção, esse valor ainda cai para 68%.
As estatísticas demonstram que, quanto maior o grau de escolaridade e mais alto o cargo, maior é a diferença salarial.
Diversidade na liderança
A diversidade de gênero tem aumentado nas empresas. E isso é bom não somente tendo em conta a questão de igualdade, que é fundamental.
Esse também é um bom avanço para as empresas, que passam a ter, assim como em toda diversidade, uma ampliação de sua visão periférica.
Mesmo levando em conta essa visível vantagem que a diversidade é capaz de trazer para as empresas, essa mudança ainda vem caminhando a passos bastante lentos, como podemos ver no infográfico abaixo.
Alguns especialistas dizem que isso se deve ao fato de ser um assunto que está em pauta há bastante tempo e que, por esse motivo, acaba por perder um pouco de seu foco e força, acabando por ficar em segundo plano diante de tantos outros desafios enfrentados constantemente.
“Priorizar a agenda de trazer mais mulheres a cargos de liderança perdeu um pouco do brilho. Parece que chegou no limite”, é o que diz Lindsay Degouve De Nuncques, chefe do Oriente Médio da ACCA.
E, corroborando essa ideia, Phil Smith, presidente da Cisco, diz que “uma vez que vez que as pessoas tenham feito pouco, elas sentem que já fizeram o suficiente e se concentram em outra coisa”.
Dessa forma, o número de mulheres em cargos de liderança, apesar de aumentar, ainda aumenta a passos bastante lentos.
Competências
Mesmo com a discrepância existente entre a quantidade de homens e mulheres em cargos de liderança, podemos perceber que suas opiniões sobre as competências necessárias divergem.
Foram feitas algumas perguntas sobre quais as características que um líder deve ter, e homens e mulheres responderam na mesma ordem:
- Saber delegar (56,7% das mulheres e 42,2% dos homens)
- Autoconfiança (53,3% das mulheres e 37,8% dos homens)
- Resolução de conflitos (33,3% das mulheres e 35,6% dos homens)
Como pudemos ver, homens e mulheres percebem como principais as mesmas competências inerentes a um líder.
Essa igualdade de percepção se deve ao fato de, hoje, tanto homens quanto mulheres se prepararem mais academicamente. E, com isso, atingem níveis que os permite assumir cargos de gestão ou mesmo na alta administração de empresas.
Um longo caminho
Apesar de nos últimos anos a porcentagem de mulheres em cargos de liderança e também no mercado como um todo ter aumentado, ainda há um longo caminho a se percorrer.
A diversidade de gênero, em qualquer empresa, traz inúmeras vantagens para a sociedade e para o próprio negócio em si.
Para que esses números continuem aumentando, é preciso que haja uma educação não somente dos líderes das organizações, mas também de todo colaborador que seja envolvido em qualquer processo. Ao se fomentar essa cultura como imprescindível para uma empresa é que será possível alçar voos mais altos.
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