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No ambiente de trabalho, a saúde dos colaboradores é uma preocupação fundamental para as empresas. Dessa forma, as doenças ocupacionais representam um desafio significativo, afetando a qualidade de vida dos trabalhadores e impactando diretamente a produtividade das organizações.

Neste post, vamos explorar o que são as doenças ocupacionais, seus principais fatores de risco e como as empresas podem atuar na prevenção desses problemas. Acompanhe para saber mais sobre esse tema tão relevante para a saúde e bem-estar no ambiente de trabalho.

O que é doença ocupacional?

Doença ocupacional, também conhecida como doença profissional, é qualquer complicação de saúde física ou psicológica que surge devido às atividades desempenhadas por um trabalhador em sua rotina profissional.

Por exemplo, um soldador que desenvolve catarata devido à exposição constante à luz da solda está sofrendo de uma doença ocupacional. Esses problemas de saúde são causados pelos fatores inerentes ao trabalho, como movimentos repetitivos, exposição a produtos perigosos, ruídos excessivos e sobrecarga de trabalho.

Os dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social destacam a gravidade das doenças ocupacionais no Brasil, que registrou mais de 260 mil afastamentos de trabalhadores em 2014 devido a complicações de saúde relacionadas ao trabalho.

O que diz a lei sobre as doenças ocupacionais?

Conforme descrito no artigo 20 da Lei nº 8.213 de 1991 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), as doenças ocupacionais, também conhecidas como idiopatias, ergopatias, tecnopatias ou doenças profissionais típicas, são problemas de saúde causados diretamente pelo exercício da profissão. Além disso, essas enfermidades têm uma ação gradual e afetam a saúde do trabalhador de forma silenciosa e lenta.

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O que caracteriza uma doença ocupacional?

Essas doenças ocupacionais podem desencadear diversos tipos de problemas, como auditivos, inflamatórios ou psicomotores. Por exemplo, trabalhadores que estão em contato direto com substâncias como níquel, amianto ou materiais radioativos têm um risco aumentado de desenvolver câncer e sérios problemas respiratórios.

Além disso, fatores como movimentos repetitivos, postura inadequada, assédio, estresse e trabalho excessivo podem contribuir para o surgimento de doenças ocupacionais. A identificação e prevenção desses riscos são fundamentais para garantir a saúde e bem-estar dos trabalhadores, tornando essencial o investimento em programas de segurança e saúde ocupacional nas empresas.

Quais os tipos de doenças ocupacionais?

As doenças ocupacionais são classificadas pelo Ministério do Trabalho em várias categorias, refletindo a gravidade do problema e a necessidade de programas rigorosos para promover a segurança e a saúde do trabalhador.

Um desses programas é o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que se foca na prevenção como principal meio de combater essas enfermidades. Abaixo, vamos listar os tipos mais comuns de doenças ocupacionais:

Doenças por Repetição

Essas doenças surgem devido a atividades que exigem ações repetitivas, como por exemplo, digitar por longas horas. Trabalhadores que permanecem sentados por períodos prolongados podem desenvolver dorsalgia (dores nos músculos, ossos e nervos da coluna) ou inflamações como tendinite e bursite. Os principais sintomas incluem dores nas articulações e músculos e formigamento.

Prevenção: investir em ergonomia, adotar pausas regulares, e realizar exercícios e alongamentos.

Doenças Auditivas

Profissionais expostos a ruídos de máquinas e ferramentas podem sofrer transtornos auditivos. O uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) é essencial, embora muitas empresas não ofereçam esses benefícios e alguns trabalhadores se recusem a usá-los. Sintomas incluem dores de cabeça, irritabilidade, zumbido nos ouvidos, e a necessidade de ouvir em volumes mais altos.

Prevenção: melhorar o isolamento acústico, diminuir a exposição aos ruídos e utilizar EPIs adequadamente.

Doenças Respiratórias

Ambientes com resíduos liberados por máquinas ou produtos podem causar doenças respiratórias como asma ocupacional e antracose pulmonar. Sintomas incluem dificuldade para respirar, tosse, reações alérgicas, chiado no peito e cansaço.

Prevenção: usar exaustores, EPIs, e reduzir a emissão de gases e partículas prejudiciais.

Transtornos Psicossociais

Quando um profissional está em em ambientes quem são altamente estressantes e desgastantes, eles podem desenvolver transtornos psicossociológicos. Sendo assim, situações como falta de reconhecimento, assédio e excesso de trabalho geram traumas psicológicos e doenças como ansiedade e depressão. Os sintomas são tristeza, preocupação excessiva, irritabilidade, taquicardia e falta de motivação.

Prevenção: investir em boas lideranças, além de uma comunicação interna transparente, metas realistas e programas de incentivo e reconhecimento profissional.

Quais são as principais doenças ocupacionais?

As doenças ocupacionais são problemas de saúde decorrentes de situações dentro do ambiente de trabalho, frequentemente causadas pelo uso inadequado de equipamentos de proteção individual (EPIs), insalubridade e condições precárias. Dessa forma, conheça algumas das principais doenças ocupacionais que afetam os trabalhadores brasileiros:

LER e DORT

Lesão por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são doenças comuns, causadas por posturas inadequadas e movimentos repetitivos. Os sintomas incluem dores nas articulações e músculos e formigamento e a prevenção consiste em investimento em ergonomia e promover pausas regulares para descanso.

Problemas na Coluna

Os problemas na coluna são comuns e incluem dores nos músculos e nervos da coluna e a causa geralmente ocorre por posturas inadequadas no trabalho. Por isso, fornecer ergonomia e incentivar a prática de atividades físicas restaurativas são ações de prevenção.

Problemas de Visão

Trabalhadores expostos a corpos estranhos como lascas de madeira, poeira grossa ou cimento, especialmente na indústria e construção, além de profissionais que estão em contato constante com luz, podem sofrer lesões oculares. Nos casos mais graves, pode ocorrer cegueira. Para prevenção o uso adequado de EPIs, como óculos de proteção são obrigatórios.

Asma Ocupacional

Causada pela inalação de partículas e poeiras, a asma ocupacional é frequente em ambientes com manipulação de materiais como algodão e madeira. Sintomas incluem tosse, dificuldade para respirar e chiado no peito. Sendo assim, mais uma vez o uso correto de EPIs e a manutenção de ambientes bem ventilados são ações preventivas.

Antracose Pulmonar

Essa doença também recebe o nome de “pulmão de mineiro”, é uma condição respiratória grave causada pela inalação da poeira de carvão. Para prevenir essa doença, o uso adequado de respiradores e máscaras em ambientes de exposição à poeira são indispensáveis.

Dermatose Ocupacional

A pele, sendo um órgão extenso e exposto, é vulnerável a reações alérgicas causadas por contato com produtos químicos como graxas e óleos mecânicos. Então, o uso de luvas e outros EPIs adequados ajudam na prevenção.

Perda Auditiva

A exposição contínua a altos níveis de ruído pode causar perda auditiva parcial ou total. Sintomas incluem dores de cabeça, zumbido nos ouvidos e necessidade de volumes altos. O uso de proteção auditiva e realização de exames preventivos periódicos ajudam na prevenção da surdez.

Câncer Ocupacional

Entre as doenças ocupacionais mais graves resultantes da exposição a produtos químicos, o câncer se destaca. Trabalhadores da indústria têxtil, por exemplo, que manipulam certos tipos de corantes, podem desenvolver câncer na bexiga. Outro exemplo preocupante é o dos colaboradores do setor industrial que lidam diretamente com benzeno, um composto químico associado ao desenvolvimento de leucemia e linfomas.

Contaminações e Intoxicações

Colaboradores que manipulam produtos químicos e substâncias diversas estão constantemente expostos aos riscos de contaminações e intoxicações. Esses problemas podem surgir de maneira abrupta ou se desenvolver gradualmente, representando sérias ameaças à saúde dos trabalhadores.

Dessa forma, a exposição inadequada a esses produtos pode resultar em condições agudas ou crônicas que afetam significativamente a qualidade de vida e a capacidade laboral dos colaboradores.

Além da conscientização, é fundamental disponibilizar todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para evitar o contato direto com substâncias perigosas, tais como luvas, máscaras, aventais e sistemas de ventilação adequados para prevenir a inalação, ingestão ou contato cutâneo com agentes nocivos.

Sendo assim, reconhecer e entender essas doenças ocupacionais é essencial para implementar medidas preventivas eficazes. A segurança e a saúde dos trabalhadores devem fazer parte da estratégia da empresa, com investimentos em programas de ergonomia, uso correto de EPIs e promoção de um ambiente de trabalho saudável e seguro.

Doenças ocupacionais: saiba quais são e como sua empresa pode preveni-las

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    Burnout é uma doença ocupacional?

    Sim, a Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, é reconhecida como uma doença ocupacional pela OMS (Organização Mundial da Saúde) desde 2022. Este reconhecimento traz importantes implicações para os trabalhadores, garantindo-lhes os mesmos direitos trabalhistas e previdenciários concedidos a outras doenças de trabalho.

    A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional resultante de situações desgastantes no ambiente de trabalho. Caracteriza-se por uma exaustão extrema, tanto física quanto mental, e os sintomas incluem ansiedade, depressão, negatividade constante, alterações de humor e cansaço excessivo. Portanto, profissionais com burnout frequentemente enfrentam desafios significativos que afetam tanto sua saúde quanto sua produtividade.

    No entanto, o diagnóstico de burnout deve ser realizado por profissionais de saúde, como psicólogos e psiquiatras, após uma avaliação clínica. Este processo é essencial para diferenciar a síndrome de outras condições e garantir que o tratamento certo se inicie.

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    Uma vez que algum funcionário esteja com burnout, o trabalhador tem direito ao afastamento do trabalho, se necessário. Durante os primeiros 15 dias de afastamento, a empresa é responsável por pagar integralmente o salário. Após esse período, o trabalhador passa para as regras do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

    Para evitar o esgotamento profissional, é fundamental que as empresas adotem práticas de gestão que promovam um ambiente de trabalho saudável. Isso inclui oferecer suporte psicológico, gerenciar adequadamente as cargas de trabalho e fomentar uma cultura organizacional positiva e de apoio.

    Como prevenir as doenças ocupacionais na sua empresa?

    Para prevenir essas doenças, é essencial que as empresas invistam em programas de segurança e saúde do trabalhador, conheçam bem os riscos presentes nos ambientes laborais e desenvolvam planos de ação eficazes para minimizar esses riscos.

    Assim, é possível proteger a saúde dos colaboradores e garantir um ambiente de trabalho mais seguro. Além dessa ações, veja outras medidas para que você, juntamente com o RH, possam prevenir essas doenças nas sua empresa:

    • Uso adequado de EPIs: garanta que todos os colaboradores entendam a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Para isso, realize treinamentos e palestras regulares para explicar como usar corretamente os EPIs e quais são os riscos de negligenciá-los;
    • Educação sobre riscos: informe os profissionais sobre os riscos específicos aos quais estão expostos em suas funções diárias e as possíveis consequências de ignorá-los. Sendo assim, a conscientização é fundamental para a prevenção;
    • Padronização de processos: padronize os processos de trabalho para torná-los mais objetivos, simples e seguros. A clareza nas tarefas reduz a probabilidade de erros e acidentes;
    • Capacitação contínua: realizar treinamentos periódicos para atualizar os colaboradores sobre as melhores práticas de segurança e saúde no trabalho. A educação contínua é essencial para a prevenção das doenças ocupacionais;
    • Exames médicos periódicos: promova exames médicos periodicamente para monitorar a saúde dos profissionais. A detecção precoce de problemas de saúde pode evitar complicações maiores;
    • Promoção de hábitos saudáveis: incentive o consumo de alimentos saudáveis e a prática de atividades físicas, tanto dentro quanto fora da empresa. A promoção de um estilo de vida saudável contribui para a saúde geral dos colaboradores;
    • Ginástica laboral: desenvolva programas de ginástica laboral para os profissionais. Esses exercícios ajudam a prevenir lesões musculares e articulares causadas por atividades repetitivas ou posturas inadequadas;
    • Comunicação eficiente com o RH: estabeleça um canal de comunicação rápido e funcional com o setor de RH. Esses especialistas podem conscientizar, auxiliar e responder às dúvidas dos colaboradores sobre saúde e segurança no trabalho;
    • Divulgação de riscos ambientais: divulgue os riscos ambientais (físicos, químicos, biológicos ou ergonômicos) presentes no ambiente de trabalho. A transparência é essencial para a conscientização e prevenção.

    Conclusão

    A conscientização é o melhor remédio para a prevenção de doenças ocupacionais. Portanto, ao implementar processos informativos e ações preventivas, sua empresa pode criar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, reduzindo significativamente a ocorrência e a proliferação de doenças ocupacionais.

    Por fim, promover a saúde e o bem-estar dos colaboradores não é apenas uma obrigação legal, mas também uma demonstração de compromisso com a qualidade de vida de todos.

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